sábado, 17 de julho de 2010

Resultado, da Sessão Especial no Plenario Gilberto Fialho em Ilhéus – BA

Durante a Sessão especial que aconteceu ontem (20),sobre a demarcação do território tradicional Tupinambá de Olivença, na Câmara de vereadores de Ilhéus – BA,onde estavam presentes, agricultores, produtores, moradores, comerciantes e empresários do setor hoteleiro que atualmente se encontram na área em questão.

Nós índios Tupinambá recebemos ameaças direta como a do agricultor “Marcelo Mendonça”, que tem a posse de áreas na região reivindicada, dizendo publicamente que a briga é política, comandada pela Funai que, segundo ele, não defende o índio. “Defende a si próprio”, na medida em que 2/3 dos seus recursos são para aplicar no funcionamento do órgão. “O que posso dizer é que nós, produtores, iremos reagir e garantir o que é nosso. Nem que para isso tenhamos que estar armados”.
Para apoiar a ação dos não-indios e até mesmo para garantir a área da cidade que é mais explorada com o Turismo e agricultura, com as madeireiras e carvoarias ILEGAIS, o prefeito de Ilhéus, Newton Lima, e o vice, Mário Alexandre, foram a esta Sessão Especial, dar apoio aos agricultores.

O prefeito demonstrou preocupação com a crise social que esta decisão pode causar e com mais uma provável queda de receitas que Ilhéus passará a conviver. É que com a diminuição do seu território, diminuem também os recursos que são diretamente ligados à dimensão da cidade e sua população ativa. O vereador Alcides Kruschewsky, autor da sessão, disse que esta é uma discussão que tem que ter a presença das autoridades constituídas do município, por que, qualquer que seja a decisão, trará reflexos aos cofres públicos. “Já o vereador Marcos Flávio pontua que a situação do município é caótica e este não é momento de fazer demarcação de terra indígena.”, com esses ARGUMENTOS feitos pelos políticos da cidade de Ilhéus, vemos quem tem o interesse político e financeiro em nosso território tradicional.
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Meus parentes, amigos e parceiros que estão lendo esta matéria, ELES TIVERAM ATÉ A AUDAÇIA DE FALAR, “que onde nós indígenas reivindica uma imensa área territorial para abrigar a nossa etnia, retirando de uma vez por todas grande parte de históricos moradores da região e assumindo significativa parte da infra-estrutura da localidade. Daí continua: Só para se ter uma idéia da dimensão do pedido, o município de Ilhéus perderia para os índios 1/4 do seu território. Áreas de grandes empreendimentos hoteleiros passariam a ser território indígena administrado pelos tupinambás de Olivença”. SENDO QUE HISTORICOS MORADORES DAQUELA AREA, APÓS MASSACRES, IMPOSIÇÕES FEITAS PELOS BRANCOS E ETC… SOMOS NÓS, OS VERDADEIROS DONOS DE ONDE NUMCA SAIMOS, ONDE TEMOS A SABEDORIA QUE CADA SER VIVO NATIVO DESTA TERRA TRADIÇIONAL TEM QUE SER RESPEITADO EM SUA FORMA CULTURAL DE VIVER.

Paralelo a todas as ameaças direcionadas ao nosso Povo, o próximo passo terá que ser dado pelos agricultores que têm um prazo de 90 dias para rebater o documento elaborado pela Funai. Depois, a própria Funai vai avaliar os argumentos de defesa. O que preocupa os agricultores o que percebemos com tudo isso que vem acontecendo, é que, até hoje, desde que o órgão foi criado pelo governo federal, nunca os produtores conseguiram vencer esta etapa e nós que estamos nas bases mantendo a resistência é que vamos sofrendo todas as conseqüências. Depois – independentemente da decisão dos técnicos da Funai – o pedido segue para o Ministério da Justiça e, finalmente, chega à presidência da República, que toma a decisão final.

As dúvidas quanto ao final deste imbróglio estão apenas começando. Mas tudo isso que já incomodam a todos os lados e só fazem aumentar a tensão entre nós e os não – indos que residem nas comunidades tanto do interior como do litoral de nossa Aldeia.

Que Tupã Nos Guie!!!
Awere!!!

Jaborandy Yandê Tupinambá de Olivença
Jaborandy@indiosonline.org.br

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