TUPINAMBA
1500 -Igaraçu epiak- Os Tupinambás avistam as navegações
européias,e temos contato com os primeiros de peles brancas.
1538 – Epi Ilhéus – Inicio da construção dos engenhos
pelos portugueses e do trabalho escravo de nossos parentes
e a perda de nossas terras,assim como a agressão sistemática
sobre nossa tradição nossa religião,nossa cultura como um todo.
1558 – Os parentes começam a reagir ao trabalho escravo e usurpação de nossas terras,destruindo os canaviais e os povoados Existiam ainda muitas aldeias livres. Muitos parentes não-catequisados.
1558/1559 – O massacre dos parentes,comandado pelo então
Governador geral Mem de Sá.
1559 – Os parentes são obrigados a reconstruir os engenho e
trabalhar como escravo s como pagamento de tributo à coroa
portuguesa.
FINAL DO SECULO 16 – Os parentes Aymorés dominavam
A região de Ilhéus.Os jesuítas catequizam os parentes (Tupinambá).
INICIO DO SECULO 17 – Decadência dos engenhos de açúcar
e toda a economia colonial da região.Os nossos parentes são
libertados da escravidão dos engenhos.E com isso ganhamos
uma autonomia maior do nosso território.
SEGUNDA METADE DO SECULO 17 – Os Jesuítas aumentam
Sua presença em Ilhéus.Reúne os índios no engenho de Santa
Ana e na aldeia da Praia de Batuba,(N.Sra da escada).
1692 – O Governador geral recebe as lideranças da aldeia para
dialogo de convencimento da construção da Igreja e mudança
dos parentes para outro lugar.
1698 – Visita do Arcebispo da Bahia,D.João Franco de Oliveira
para ver o nível de catequisação dos parentes.
INICIO DO SECULO 18 – Construção da Igreja N.Sra da Escada.
1717 – Revolta dos parentes à missão dos Jesuítas.
1817/1819 (INICIO SÉC.19) – O modo de vida dos parentes dessa época.
TERRA – OLIVENÇA, é terra indígena habitada exclusivamente
Pelos parentes. Era uma bela vila, com belas arvores (como até hoje tem) lindas praias, rios e riacho com águas fortes e ferruginosas.
Belos recifes. Isso tornava um ambiente saudável.
HABITANTES – Cerca de 1000 habitantes. Era uma gente bela,
Saudável e forte,esbelta. Ótimos remadores e nadadores. Vestiam
Roupas leves de algodão. Os parentes já mostravam a influência
Da educação jesuítica e eram de natureza pacífica, leal e dócil
Ocupando as povoações das antigas missões além de palhoças
Isoladas ao longo da costa.
MEIOS DE VIDA – Bons agricultores, caçadores, pescadores.
Viviam também de uma verdadeira industria de rosários feitos
De coco de piaçava, que eram vendidos para Bahia 10 réis cada.
As contas do rosário eram polidas em uma maquina rústica feita
Pelos próprios parentes. Também faziam esteiras, escovas e cordas
De piaçava, assim como chapéu de palha.As roupas de algodão
Dos parentes era feita por eles mesmo,de tecido feito na própria aldeia ,faziam também escudos, pentes e outros objetos da
Carapaça de tartaruga.
HABITAÇÕES – As casas era cobertas de palhas de ouricanas
E fibra de piaçava (colocadas nas cumeeiras como proteção da
Chuva). As casas de OLIVENÇA eram construídas em fileiras
Na encosta do morro com vista para o mar.
ALIMENTAÇÃO – Era baseado na pesca, na caça e nos cultivos
De mandioca e do milho e só faziam o suficiente para seu sustento.
1817/ 1819 (INICIO DO SEC.19) –Depois da escravidão e de todos massacre, os parentes viveram em certa tranqüilidade. Simples porem saudáveis . Tínhamos o domínio da terra.
1850 – Perda da liberdade e da autonomia devido à interferência das
autoridades e a exploração de madeiras por brancos gananciosos.
1865/ 1870 – Nossos parentes, como muitos outros indígenas, são
obrigados a lutar contra o Paraguai, sob o titulo de “voluntário da
pátria”. Olivença perde a autonomia e passa a fazer parte de Ilhéus.
1870/ 1880 – Inicio da exploração de cacau, o que levaram muitas
mortes dos parentes Aymorés (Pataxó,Camacã e Guerém) pois muitas matas foram cabrucadas para o plantio de cacau.
Os cacauicultores presenteavam os parentes com roupas contaminadas com doenças e praticavam o envenenamento dos rios.
Nesse período OLIVENÇA tornava-se alvo de interesse de ricos
Cacauicultores.
1914/ 1915 – Brigas políticas pela administração de OLIVENÇA,
manipuladas por elites de Ilhéus.
1922 – A associação dos comerciantes de Ilhéus decide,através de
carta enviada a Salvador,inicia a construção do rio CURURUPE,
para ligar Ilhéus a OLIVENÇA.
1926 – Primeira revolta nossa contra a intrusão do povo (não-indios) em nossa terra através da construção da ponte do CURURUPE,esse fato histórico ficou conhecido popularmente como a “REVOLTA DO CABLOCO MARCELINO”.
Nós nos organizamos há alguns anos atrás e em 2001 vieram o reconhecimento étnico e hoje lutamos pela demarcação de nossas terras, e preservação da nossa raiz e tronco,da cultura e costumes.
Sabemos das dificuldades,pois como todos índios do nordeste,mantiveram contato com os não-indios por tempo
Muito prolongado,desde1550,e que gerou uma miscigenação
E desinculturação muito grande.e hoje estamos restaurando o
Que quase foi perdido e com fé em TUPÃ vamos alcançar nossos
Objetivos.
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